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A crise dos outros não me incomoda
jamais alguém se preocupou com a minha.
Vivo em crise desde que nasci, poupança
foi a primeira palavra que aprendi.
Tenho desejos, como toda a gente tem, de
ter coisas boas e bonitas – mas a crise que
me acompanha desde o nascimento jamais
me permitirá tê-las para além do sonho…
Passeios, viagens que farei, vestidos e joias
que um dia comprarei…
Entretanto esse sonho vai mirrando
cada dia mais… pouco a pouco vai deixando
de ter espaço para eu lá habitar… E de novo
acordo para a crise, real mistura de emoções que
todos sentem, entre altos desejos e vontades
e a simples satisfação de meras necessidades…
A crise dos outros não me incomoda, se
a vivem num vestido mais bonito do que o meu.
Felipa Monteverde